10 – Toaru Kagaku no Railgun S
O que se convém chamar de franquia Toaru é sem dúvida uma das mais rentáveis iniciativas transmidiáticas da atualidade. Tendo feito sua estreia nos cinemas também em 2013, com o dispensável Toaru Majutsu no Index: Endymion no Kiseki, esse universo, ramificado em light novels, animes, mangás, games e áudio dramas, tem provado ser uma verdadeira fábrica de dinheiro. E, como é comum nesses casos, nem tudo, ou melhor, quase nada do que se produz com o nome da franquia verdadeiramente vale a pena. Toaru Kagaku no Railgun S, segunda animação a adaptar o mangá homônimo escrito pelo criador original da série, Kazuma Kamachi, é uma dessas exceções.
9 – White Album 2
Falando em exceções, White Album 2 talvez seja um caso não apenas raro, mas verdadeiramente único no marketing dessa indústria: abertamente promocional, idealizado para impulsionar o relançamento dessa visual novel aclamada por público e crítica em uma nova plataforma, o anime não só foi financiado pela produtora do jogo, como também foi roteirizado pelo criador deste – dois fatos curiosos, uma vez que adaptações poucas vezes contam com participação ativa da equipe responsável pelo original. Essa peculiar proximidade pode ser apontada como responsável pela fidelidade e, por que não dizer, qualidade deste que, sem dúvida, é o romance do ano.
8 – Gin no Saji
Fullmetal Alchemist é uma daquelas poucas obras que consegue vencer preconceitos de diversas parcelas de leitores e espectadores e arrancar elogios mesmo do público não ligado às produções nipônicas. Após seu término em idos de 2010, a curiosidade passou a girar em torno do futuro da carreira de Hiromu Arakawa, autora responsável por esse mega hit da Shounen Gangan. Tal curiosidade foi sanada poucos meses depois, em março de 2011, quando Gin no Saji começou a ser publicado semanalmente na Shounen Sunday.
7 – Kyousougiga
O nome Izumi Todo, ao qual são vinculadas a criação de séries bem-sucedidas como Ashita no Nadja e muitos títulos da franquia Precure!, na verdade não pertence a nenhum indivíduo. Trata-se de um pseudônimo coletivo usado por membros do Toei Animation. Um dos recentes e mais interessantes trabalhos desse time foi Kyousougiga, a princípio um ONA (Original Net Animation) de 26 minutos vinculado no Nico Nico Douga e, pouco depois, no Youtube, ainda em 2011. Esse especial algo cartunesco, repleto de cores, chamou atenção a ponto de receber uma série de cinco episódios complementares, cada qual com menos de 10 minutos, no ano seguinte. Por fim um anime televisivo de 10 episódios, que contou também com 3 extras, estreou em outubro do último ano.
6 – Monogatari Serie Second Session
Quando Bakemonogatari começou a ser exibido, em meados do já longínquo ano de 2009, nem mesmo o mais otimista dos membros do estúdio Shaft poderia imaginar o que estava por vir. De forma explosiva, essa animação de baixo custo, pouco movimentada, que consistia basicamente em ambíguos e aparentemente intermináveis diálogos, se tornou um dos grandes sucessos comerciais do século XXI. Os recursos inusitados que o diretor Akiyuki Shinbo (Puella Magi Madoka Magica; Arakawa Under The Bridge) empregou para adaptar essa série de novels de Nisio Isin (Death Note – Another Note: O Caso dos Assassinatos em Los Angeles; Zaregoto Series; Medaka Box), dentre os quais se destacam os cortes rápidos e a forte presença de texto escrito intercalado com as vozes dos personagens, certamente ajudaram a criar certo fascínio, mas o número astronômico de vendas se deve em especial ao forte elenco feminino do programa.
5 – Uchouten Kazoku
Uchouten Kazoku pode ser literalmente traduzido como A Família Excêntrica, título que, em si, expõem a alma do enredo – uma história que, apesar de lançar mão de elementos de fantasia, nada mais propõe que narrar história de um grupo familiar complicado. Baseada em um romance de Tomihiko Morimi, autor do também já animado The Tatami Galaxy, a série é um ponto fora da curva na trajetória do P.A. Works, que jamais havia realizado algo de tamanha sensibilidade, e provavelmente não tornará a fazê-lo.
4 – Shingeki no Kyojin
Se estivéssemos falando de popularidade, Shingeki no Kyojin seria o campeão inconteste do ano passado. A adaptação animada do desde sempre muito comentado mangá de Hajime Isayama consolidou uma verdadeira febre mundial, resultando em spin-offs, jogos de videogame e, claro, no licenciamento do mangá em diversos países do mundo, entre eles o Brasil, que, em um dos raros acertos de timing da Panini, disponibilizou o título ainda em 2013.
3 – Chihayafuru 2
O há muito capenga estúdio Madhouse tem tido sua morte decretada ano após anos por diversos comentadores. Em 2012, muitas afirmavam ser o fim da excelente primeira temporada de Chihayafuru o último suspiro de qualidade da companhia. Fracasso de vendas, poucas acreditavam que o título (adaptação de um mangá josei que, paradoxalmente, figura entre os mais vendidos do Japão) pudesse ter uma continuação. Para surpresa e alegria dos fãs, essas previsões provaram estar erradas, assim como as sentenças de óbito emitidas a todo o momento para o Madhouse.
2 – Kill la Kill
“Novo Gainax”! Assim muitos definiram o estúdio Trigger, fundado em 2011 por Hiroyuki Imaishi e Masahiko Ohtsuka, ex-membros da empresa que gravou seu nome na história da animação ao entregar obras-primas como Neon Genesis Evangelion e FLCL. A afirmação é inegavelmente pretensiosa, mas Kill la Kill, primeira série televisiva do estúdio, tem provado que não é de todo falaz, ao menos não no tocante a imprevisibilidade, quebra de expectativas e qualidade técnica, fatores que tornaram célebre seu predecessor espiritual.
1 – Ghost in The Shell – Arise
Apreensão era o sentimento geral entre os fãs de Ghost in the Shell quando o Production I.G anunciou que quatro OVAs seriam feitos para repaginar o título. Os nomes da equipe, em especial o do roteirista Tow Ubukata, criador do medíocre Mardock Scramble, preocupavam. O pessimismo prévio, no entanto, apenas ajudou a intensificar o impacto da surpresa que se aproximava. Assim como fez Ghost in the Shell: Stand Alone Complex em 2002, o novo elo da franquia venceu preconceitos e mostrou o porquê de carregar o nome que carrega.
Créditos Vortex Cultural :3
Postar um comentário